Ciclo Esperança Ativa

“Cometendo um engano depois do outro, percorro o caminho autêntico,
Confusão após confusão, busco a natureza não confusa,
Esquecimento após esquecimento, apoio-me na atenção plena que não esquece,
Esquecimento após esquecimento, apoio-me na atenção plena que não esquece.”

—Khenpo Tsultrim Gyamtso

Encontros de transformação

Em 2024, e dado que a crise climática, a pandemia, a sombra da guerra e muitas outras questões que surgem num mundo mutável e  interdependente, tornam cada vez mais urgente questionar o nosso envolvimento com a teia da vida, vamos usar como base de sustentação para estes encontros o livro “Esperança Ativa ” de Joanna Macy e Chris Jonhstone.

Joanna Macy  é eco-filósofa, ativista e estudiosa do budismo e desenvolveu uma metodologia a que chamou “Work that Reconnects” e que nos parece essencial para manter sanidade e esperança face aos inúmeros desafios que nos tocam. A proposta dos encontros é por isso provocar, através de exercícios, conversas e práticas, uma investigação em grupo: é possível ir para além de desespero e raiva e, mesmo num cenário de caos, direcionarmos a nossa vida para benefício dos seres e do planeta?

Quem pode participar?

Qualquer pessoa que se sinta interessada pela interseção entre mundo interno e ação no mundo e procure conservar sanidade e esperança face às questões que nos afligem coletivamente. Qualquer pessoa que se sinta curiosa, confusa, cansada ou assoberbada e/ou queira participar na libertação coletiva.

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Meditação e Mindfulness

A palavra tibetana para meditação é ‘gom’, que significa “habituar-se” ou “tornar-se familiar com” o que é um bom indício do que é a meditação, pois com a prática da meditação vamos desenvolver uma maior familiaridade com a nossa própria mente. Temos a ideia que as coisas acontecem “lá fora”, no exterior, mas na verdade tudo está a acontecer “cá dentro”, e isso é um primeiro e essencial vislumbre de até que ponto a meditação é fundamental.

ao inspirar, sei que estou a inspirar; ao expirar sei que estou a expirar

Quando usamos a palavra meditação, podemos estar a referir-nos a um conjunto de técnicas muito diversificadas, mas na tradição budista faz-se a distinção entre práticas estabilizantes ou de ‘estabilidade mental’ (shamatha) e práticas analíticas ou de ‘insight’ (vipashyana), de acordo com o objetivo a que nos propomos. Os principiantes começam geralmente por práticas que visam o cultivar de uma maior estabilidade e tranquilidade da mente, para depois cultivarem insight.  Ambas as práticas assentam no treino da atenção e no cultivar da capacidade de direcionar e estabilizar a nossa atenção num determinado objeto. As práticas de vipashyana adicionam a este direcionar da atenção técnicas de questionamento ou  de investigação, que nos conduzem à compreensão da natureza da mente e do mundo e dos fenómenos que nos rodeiam (insight). 

Esta explicação algo dicotómica das técnicas de meditação e dos seus objetivos, na prática é mais fluida do que parece. Na verdade, e naturalmente, não há uma dicotomia. Mais tranquilidade leva a mais clareza e mais clareza leva a mais tranquilidade.


Atenção focada

Outra forma de classificar as diferentes práticas de meditação implica uma subdivisão entre dois tipos de práticas: práticas de atenção focada e práticas de atenção aberta. Nas práticas de atenção focada, escolhemos um objeto específico sobre o qual a nossa atenção repousa, e o treino requer que sempre que notemos que a atenção se afasta desse objeto, de forma firme mas gentil, simplesmente trazemos a atenção de volta.

Atenção aberta

Nas práticas de atenção aberta, permitimos que a nossa atenção simplesmente repouse sobre a própria mente, enquanto vamos notando os eventos mentais que se vão sucedendo na nossa experiência. Esta prática pressupõe alguma estabilidade e calma mental, por isso a necessidade de começar a cultivara estabilidade da atenção antes de avançar para práticas de atenção aberta.  


Alguma questão?


Cursos e Programas

Em pali, uma palavra para meditação é bhavana, cultivar. Podemos cultivar o que quisermos: podemos cultivar a atenção, mas também qualidades como coragem, paciência, abertura, altruísmo. Ao colocar uma semente na terra, ao cuidar dela, ao dar-lhe os nutrientes do solo, a água, a luz indicada – a semente vai crescer, vai tornar-se planta e até árvore. Da mesma forma, podemos cultivar qualidades internas, criando as condições necessárias para o seu desenvolvimento e florescimento.

Mindfulness é essencialmente um cultivar da atenção, mas ao cultivar a atenção podemos descobrir que cuidamos melhor do “nosso jardim”. Michael Stone um professor de Yoga e meditação canadiano, descrevia mindfulness como uma prática de generosidade. Pois ao estarmos mais atentos, vamos cuidar, vamos cuidar de nós, dos outros, do mundo à nossa volta.

a experiência do que somos naturalmente

Introdução à Meditação

Curso de 4 sessões de 2 horas. Horários mensais.

ao conhecer melhor amamos mais: estamos presentes com a mente-coração

Introdução ao Mindfulness

Curso de 12 horas, para iniciar uma prática pessoal de mindfulness,

por que não agora?

Mindfulness para o Bem-estar

Programa de 25 horas para lidar com stresse e ansiedade (Mindfulness Based Cognitive Therapy)

cuidar de si para cuidar dos outros

Mindfulness para Professores

Curso de 14h de Introdução ao Mindfulness (baseado no MBCT, mas também inspirado pelo trabalho de Patricia Jennings) para o cultivar de uma prática pessoal para o cultivar de uma presença propícia ao contexto da sala de aula.

Integridade compassiva: a habilidade de viver de acordo com os seus valores próprios, a partir do reconhecimento de uma humanidade comum

Treino em Integridade Compassiva

Programa de 10 semanas (20 horas), para o desenvolvimento de 3 domínios fundamentais: a relação consigo (autorregulação), a relação com os outros e o envolvimento com sistemas.

um retiro é um presente que nos oferecemos

Retiros

Sair do contexto habitual, fazer uma pausa, silenciar… um retiro é uma oportunidade de prática fundamental.


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